O mercado de tecnologia vem cada vez mais atraindo jovens e profissionais em transição de carreira. O advento ocorre, pois, existem inúmeras vagas no setor, e ainda deve melhorar nos próximos anos com investimentos no setor que chegam a R$ 845 bilhões apenas nos próximos três anos. Vamos entender um pouco sobre esse mercado.
O Brasil vive um momento de grande ambiguidade em relação a como a inovação tem sido desenvolvida. O país ocupa, hoje, a 57ª colocação no Índice Global de Inovação (IGI) entre 132 países. Empresas e sociedade estão desempenhando um importante papel em manter a inovação no Brasil, pois enfrentam um processo de Transformação Digital que não deixa outra alternativa.
Investimento no Mercado
Isso é claramente sinalizado pela pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), por meio da Mobilização Empresarial para a Inovação, que aponta que 71% das empresas de grande e médio porte consideram a inovação muito importante ou importante. Mais do que isso, 61% das grandes empresas possuem pessoas dedicadas à inovação e 45% possuem orçamento, dois elementos que registram o ganho de comprometimento com a sistematização do processo.
O setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) deve injetar na economia R$ 845 bilhões em investimentos nos próximos três anos. Isso é o que apontou a Associação Brasileira de Empresas do setor de TIC – Brasscom, durante o evento TécForum, realizado nos dias 23 e 24 de março. A computação em nuvem, uma das que mais cresceu no país nos últimos anos, deve ser uma das principais responsáveis por essa alavancagem, respondendo por um montante de R$ 181,9 bilhões até 2024 – ou o equivalente a 20% de crescimento ano a ano, segundo a associação.
Quando analisado de forma macro (o que engloba TIC, telecom e TI in house), foram gerados R$ 506,5 bilhões em receita bruta no ano passado, o equivalente a um crescimento nominal de 2,4% na comparação com 2019. Isso é o equivalente a 6,8% do PIB brasileiro. Em TI, a maior representatividade foi de software, serviços, BI e nuvem, que respondem por 56% do total do mercado, ou R$ 106,48 bilhões. O crescimento em 2020 dessa fatia foi de 4,6%, sendo software responsável por R$ 36,02 bilhões e serviços, R$ 70,46 bilhões. Já o segmento de hardware respondeu por R$ 84,46 bilhões, crescimento de 3%. Na conta, a produção de dispositivos (que responde por 82% do mercado de hardware) registrou crescimento de 5,2%, ou R$ 71,25 bilhões.
Empregabilidade
O mercado teve um saldo acumulado de empregos gerados de 58.638. No total, as oportunidades abertas para TI, tanto na indústria quanto em empresas de tecnologia e de outros segmentos, ultrapassaram 1,62 bilhão – contra 1,56 bilhão registrados em 2019.
A oferta de empregos em tecnologia sofreu retração em resposta ao impacto causado pelas incertezas do início da pandemia, com diminuição de 1.144 vagas. A queda permaneceu até abril, quando o recuo totalizou 32.130. No entanto, com a evolução dos impactos mais conscientes, o mercado retomou crescimento já com 3.201 ofertas geradas, alcançando o pico, com 20.622 novas vagas.
Segundo a GeekHunter, empresa de recrutamento especializada na contratação de profissionais de tecnologia, em 2020 o número de vagas abertas na área de tecnologia cresceu 310%. Os dados levantados pela IDC reforçam este posicionamento, pois segundo a pesquisa, 42% das empresas brasileiras pretendem aumentar o orçamento em tecnologia em 2021.
Mercado no Brasil e futuro
O setor de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil, que engloba os mercados de software, serviços, hardware e as exportações do segmento, cresceu 22,9% e investiu cerca de R$ 200,3 bilhões em 2020. Segundo o estudo “Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2021”, realizado pela Associação Brasileiras das Empresas de Software (Abes), com dados da consultoria IDC, o país subiu uma posição no ranking mundial de TI, da 10ª colocação em 2019 para a 9ª em 2020, e manteve a liderança no mercado latino-americano, com 44% de participação na região. A pesquisa engloba empresas que trabalham com desenvolvimento de software, além de informações coletadas junto a companhias usuárias de TI.
As empresas de tecnologia estão ganhando participação relevante nos mercados acionários latino-americanos. O valor de mercado das empresas de tecnologia na região, como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu de 0,9% para 1,8% entre 2015 e 2019. Em 2020, a participação saltou para 2,3%. Em agosto de 2021, para 3,4%.
Bibliografia:
https://olhardigital.com.br/2021/03/26/pro/setor-de-tic-deve-injetar-r-845-bilhoes-no-brasil-ate-2024/
https://noomis.febraban.org.br/blog/impulsionado-pelo-digital-na-pandemia-setor-de-tecnologia-cresce-23-em-2020-no-brasil
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